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A Relação Neurobiológica entre Exercícios Físicos e o Cérebro

  • Foto do escritor: Daniele Morais
    Daniele Morais
  • 30 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

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Praticar exercícios físicos regularmente é amplamente reconhecido por todos como benéfico à saúde, mas poucos conhecem sua influência direta sobre o cérebro. A relação entre exercícios físicos e a função cerebral estar melhora da saúde mental, cognição e bem-estar geral.


Quando nos exercitamos, o corpo libera uma variedade de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e endorfinas. Esses químicos são fundamentais para o controle do humor e a sensação de prazer. A dopamina, em particular, está relacionada à motivação e recompensa, enquanto a serotonina ajuda a regular o humor e a ansiedade. As endorfinas, frequentemente chamadas de "hormônios da felicidade", são liberadas durante o exercício e podem proporcionar uma sensação de euforia, conhecida como "runner’s high".


Um dos aspectos mais intrigantes da relação entre exercício e cérebro é a neurogênese, ou a formação de novas células nervosas. Há pesquisas científicas que indicam que a atividade física, especialmente exercícios aeróbicos, estimula a produção do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF). O BDNF é crucial para a sobrevivência e desenvolvimento dos neurônios, contribuindo para a plasticidade cerebral, que é a capacidade do tecido cerebral de se adaptar e mudar ao longo do tempo. Essa plasticidade é essencial para a aprendizagem e a memória. Importante que uma plasticidade somente irá ocorrer a medida que uma pessoa modifique hábitos, promovendo novas aprendizagens e memória.


Melhora na Conectividade Cerebral: O exercício regular também tem um impacto positivo na conectividade entre diferentes áreas do cérebro. Pesquisas científicas indicam que atividades físicas melhoram a comunicação entre as regiões cerebrais responsáveis por funções cognitivas como atenção, memória e tomada de decisões. Essa conectividade aprimorada pode levar a um desempenho cognitivo mais eficiente e à capacidade de resolver problemas de forma mais eficaz desde que o indivíduo modifique hábitos, comportamentos e pensamentos.


Redução da Inflamação: A inflamação crônica é um fator de risco para várias doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. O exercício físico tem um efeito anti-inflamatório significativo, reduzindo os marcadores inflamatórios no corpo e no cérebro. Ao combater a inflamação, a atividade física contribui para a proteção contra esses distúrbios neurodegenerativos, promovendo uma saúde cerebral duradoura.


Aumento da Resiliência ao Estresse: Os exercícios físicos também desempenham um papel importante na regulação da resposta ao estresse. Durante o exercício, o corpo se adapta ao estresse físico, o que pode resultar em uma maior resiliência ao estresse psicológico. Isso se traduz em uma capacidade melhorada de lidar com desafios diários, reduzindo a ansiedade e os sintomas de depressão.


A relação neurobiológica entre exercícios físicos e o cérebro é uma área rica e promissora de pesquisa. A prática regular de atividade física não apenas melhora a saúde física, mas também tem um impacto profundo na saúde mental e cognitiva. Quando praticamos exercícios liberamos neurotransmissores, melhorando a nossa conectividade cerebral, otimizando as nossas funções cerebrais e promovendo um bem-estar duradouro.

 
 

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